A praia praticamente estava deserta
O mar calmo e um sol espreitando por uma ou outra nuvem que teimava em aparecer.
E lá estava ela, a cana de pesca ao sabor da brisa
marítima e das ondas que de mansinho chegavam até ela .
Solitária …abandonada….?
Não
O dono cansado de
esperar por um resultado que a sua cana lhe pudesse proporcionar resolveu
refugiar-se , também ele disfrutando do ambiente acolhedor daquele dia, comendo
a pequena refeição que levara, pois tudo
indicava que o dia ia ser longo para obter o que desejava.
Eis que .
A cana
tremeu….balançou…curvou….e em segundos o seu dono agarrou-se a ela com toda a determinação e
adrenalina fazendo o que todos os pescadores o fazem nessa altura…puxando e
enrolando a linha e esperando……
Chegou ao fim e não , não era besugo, dourada , robalo,
era um molhe de limos…
A fisionomia não se alterou, o ritual manteve-se , depois
de jogar os limos ao mar , novamente pôs a isca no anzol, e a sua cana ali
ficou direitinha .
Ele o pescador
paciente, acendeu um cigarro e foi para
o seu refúgio sempre com os olhos postos na sua cana esperando que aquele mar
lhe desse o que desejava